domingo, 26 de julho de 2009

Barquinho nascido!











(Apresentação "A Viagem de Um Barquinho" no FETECO 2009)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

(Estudo de texto - continuação) Carta: Menino para Sapo Saper


Senhor Saper,


Sou um menino muito triste, perdí meu barquinho de papel. Queria muito a ajuda do senhor. Dizem por aí que o senhor foi até majestade. Será que o senhor viu o meu barquinho por aí? Já que mora agora no rio peço sua ajuda. Gosto muito do meu barquinho, ele era meu único brinquedo. Se o senhor ver ele diz que estou a sua procura e muito bravo com ele por ele ter fugido de mim. Diz que tem uma lavadeira maravilhosa me ajudando, ela é foguete! Mais uma coisa, toma cuidado ao andar com o bumbum ao vento, o senhor pode pegar um refriado!

Menino.

DE: Pirilampo - PARA: Sol


Olá, amigo sol, tudo bem com você? Como eu saio sempre a noite, a gente nunca se vê... Por isso eu tenho uma pergunta: Quais são as cores que você tem? Eu sempre lhe vejo cor-de-rosa, cor de madrugada, mas o menino falou que você disse que muda muito de cor... Quais são as outras cores???

Obrigadinho e até mais.
Pirilampo.


Resposta do Sr. Sôr:

Eu to batuta de bão! Espero que ocê tamém!
Entonce, eu passo pelo menino quando quando tô cor-de-rosa,
mas mudo de cor rearmente!
É bão variar! Por que o sor tem que ser sempre amarelo?!
Ser monocor (EITA, é assim gente??) é muito chato, gente!
Então resorví por ser cor-de-alegria, cor de ARCO-ÍRIS!

Abração, nocê!
Sor murticolor.

segunda-feira, 20 de abril de 2009


"Eu sempre gostei muito do mar.

Principalmente da água.

Lembro de um dia quando

Criança e com uma toalha de banho

Amarrada no pescoço, pedir para minha tia

Para subir no telhado e voar como o super-homem.

Porém um super-homem diferente,

Um super homem que voava em dias de chuva".


Agora entendo que é assim que me sinto

Em relação ano nosso BARQUINHO,

Como um super homem que quer voar

Num dia de chuva.

Mas o aprendizado não é esse.

O aprendizado é que ás vezes é preciso

Esperar passar a chuva para se poder voar.


Vamos lá meu Atores/Amigos,

É hora de colocar as capas de toalhas de banho,

Porque a chuva ao que me parece, já esta cessando.


Muito Obrigado Pelo NOSSO Processo.


Hélcio Fernandes

Sonho para Cavaleiro Verde


Terra dos Sonhos, 14 de todos os dias, 2009 de todos os anos,

Querido Cavaleiro Verde,
Venho por meio desta, dizer-te que teu sonho está a caminho. Não tarda por chegar. Ele vem num verde folha, calmo como um verde mar. Mas vem forte como um verde musgo. Ele vem como o verde de um olho que chora feliz quando vê a chuva , quando ouve música sentado em um piso de madeira. Durma bem, sonhe com sonhos que eu deixaria pra ti.

Um Beijo Grande
Sonho do Barquinho

domingo, 19 de abril de 2009

"Querido Sonho do barquinho de Paper".

Puxa! "compricado" acertar o seu nome "compreto". Você deve di ser de uma famia muito chique, grande e unido com todo esse sobrenomão! Como ocê está? Espero que bem.
Eu estou bem, traindo por demais, mas, faz parte da minha profissão de "sor"! Apesar da gente não ter se cruzado ainda nessa brincadeira do menino, a gente tem muito im comum : eu também sou uma coisa de "brius" e sinos...
bem... sinos só quando eu tô lá emcimão e tá na hora de armoçã, aí na minha fazenda as mãe toca o sino pra avisá seus fio.
Tenho muita vontade de conhecer ocê, eu não ssei se já te falaram que quando o mininu me vê ainda é muito cedinho, quase de madrugada e eu estou cor-de-rosa, mas se ocê me ver e eu estiver de outra cor não estranhe e pode chegar e me dar um "oi" da "mema" forma. Dependendo da hora do dia e da minha vontada tamém eu mudo muito de cor. É bom variar, ah! tamém me disseram que ocê canta muito bunitu! não me falaram do seu tipo físico! Eita! mas acho que ocê deve di parece uma nuve do céu, só que muito mais briante e com baruinho gostoso de guisos e sinos. Ah, ocê pode se amiga ou parente do meu sonho! Apesar de eu trabaiá 24hs e não poder dormir muito, quando descanço e deitotranquilo atrás da lua, o que a gente ai da terra chama de ELIPSE...
Eita! num é esse o nome! ECRIPSI! Isso! Quando eu tiro uma forguinha no "ecripse" eu sonho com brilhos e cores tabém mais não sei se o sobrenome do meu sonho é grandão assim qui nem o seu. Nossa! Tenho que vortá pro trabaio, vou alumia agora a conchinchina. Espero que ocê não tenha intendidu tudo nessa carta, COM CARINHO.
Amigo "Sor".

Cartas Cavaleiro Verde para Barquinho


Compadre Veleiro,
Quanto tempo que não nos vemos. Como estão todos aí? Você continua guardando poesias sobre o mar? A comadre e meu afilhado estão bem? Mande notícias. Também escrevo pra relatar algo estranho e fantástico que aconteceu comigo. Andei sumido pelos campos da Escócia, aprimorando minhas habilidades com a espada, lança e escudo. Ao mesmo tempo que treinava sentia um vazio muito grande. Parecia que o mundo já não precisava mais deste cavaleiro verde aqui. Numa bela noite Angus entrou em meu sonho e me falou. Disse que eu era muito importante e que em outra dimensão todo um povo necessitava da minha ajuda. Disse também que nessa viagem eu conhecerei a mulher que amarei e que também me amará e me acompanhará até o final dos meus dias. No sonho eu visualizei o mapa do lugar onde está o portal para aquela dimensão. É um lugar que nesta dimensão chamamos de Triângulo das Bermudas. O portal estará aberto daqui a 8 dias e preciso muito que você me leve até lá. Sei muito bem que você entende a importância do que lhe peço, e que será incapaz de negar o pedido. Em dois dias chego aí para iniciarmos a viagem.

Um abraço caloroso do seu compadre Cavaleiro Verde.

Cartas Barquinho para Princesa


Querida Randa,
Cheguei ontem em sua terra natal e estou maravilhado. Encontrei no continente africano lugares lindíssimos, bem diferentes das ilustrações dos livros de história que estamos acostumados a ver aí no Brasil. Adorei sua família. Já tive o prazer de conhecer os seus pais, sua avó materna e seu tio Kuame, este último, diga-se de passagem, divertidíssimo. Quando receber esta carta provavelmente estarei, juntamente com sua família, navegando o mar-oceano de volta para o Brasil. A sua família está anciosa para reencontrá-la, conhecer o nosso pequeno Pedro e também o Brasil. Diga ao nosso filho que eu estou morrendo de saudade e que em 3 ou 4 dias estarei ao lado de vocês e que ele vai gostar de conhecer os avós, a bisa e o tio-avô. Diga também que levo para ele brinquedos e instrumentos musicais dos lugares por onde passei. Também levo um presente pra você meu amor. Mas o que é você só vai saber quando eu chegar aí. A viagem vai de vento em popa. Eolo e Poseidon de mãos dadas nos conduzem com rapidez e segurança. Não vejo a hora de estar nos seus braços, minha amada. Também sinto falta das gargalhadas e traquinagens do Pedrinho. Logo estarei aí.

Um beijo com muito amor do seu Uzoma.

sábado, 11 de abril de 2009

Afecção + trabalho = Encontro.

...Hoje eu compreendo tanto de tão pouco,

tenho ainda a cabeça tão cheia de coisas... quase não lembro que rio, nasce num fio

fino, pequeno, frágil, como riso.

Quase não lembro mais que aquelas coisinhas que piscam e batem na janela

se convidando a entrar, são vaga-lumes e são insetos que acendem,

insetos..., acendem...

Meu Deus....

Hoje eu compreendo que nada que eu compreenda faz sentido...

...pensando que só se tem tudo o que se tem de sério, a partir

de uma grande brincadeira da imaginação de alguém...



Ah eu me perco, eu atropelo, eu faço birra (bom parar com isso).

...duas semanas de processo e 5 meses de afetação...

É como se eu tivesse lá o tempo todo, em pensar que eu

perdi todo esse tempo!!!

(onde já se viu perder tempo e realmente não estou

vendo nenhum tempo perdido por aqui).

...Fada-Princesa, muito feliz em ser um sonho tão real...

Tem até data de estréia!!!



Tô feliz que se tivesse uma borboleta na ponta do nariz.

obrigada por tudo a todos!!!



É só clicar que a foto amplia.



Essa brincadeira pode ser real!

sexta-feira, 6 de março de 2009

A Viagem De Um Barquinho


Um menino sai atrás do seu barquinho de papel.
Encontra uma lavadeira, que na chuva de laminados tras pra terra o céu.
É só brincadeira, e muita alegria. O tecido azulado vira um rio de água fria.

O Sol é cor-de-rosa e não amarelo.
E por ser diferente tras pra gente um sol cada vez mais belo.
Começa a viagem num roteiro de sonhos,
E no meio da estrada, ora veja, dois cavaleiros risonhos.

Nessa fantasia, saciamos a sede.
Um cavaleiro é azul , e o outro, é todinho verde.
Um rei vira sapo e também entra na história,
Ele prefere ser sapo, e vê na régia a vitória.

Um personagem de sonhos, com estrelas faz seu manto.
E completando o roteiro, princesa, patinete, manequinho e pirilampo.
O veleiro casa com a princesa e vivem felizes ao sabor do vento,
Não para sempre, que é muito chato, mas intensamente naquele momento.

(Pedro Ganesh - 07/03/2009)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


*Pessoar,eu que já fui sor-vetero,sor-dador ,sor-dado...agora me encontro nessa professão de SOR!!!Óia só que coisa boa!! fico agora briando o dia todo e oiando tudo que acontece nesse mundão..Essa professão é muito da boa,inda mais agora que to trabaiando na "Viagem de um Barquinho",Nossa Senhora do céu..é bom por demais,conheci muita gente bonita e legar!!!Bom!! agora me vou indo,té porque tenho que ajudar o menino a procurar seu barquinho por ai!! Té logo,té breve,té quarquer dia!!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ontem, nós do Atormente, conversamos muito sobre a peça e eu, que estava apaixonado pelo Barquinho de Papel, comecei a entrar em êxtase. Sinto agora esse barquinho navegando na minha corrente sanguínea. Na volta para casa peguei o meu bloco de notas e comecei a escrever dentro do Interbairros II.

Meu Barquinho de Papel

Havia um tempo em que meu barquinho de papel
navegava nas águas da chuva, junto ao meio fio.
A tampinha de refrigerante era o monstro do mar,
o palito de picolé um tubarão enorme e o barquinho um lindo navio.

Havia um tempo em que meu barquinho de papel
flutuava nas águas calmas da pia do banheiro.
Eu fazia alguns movimentos circulares na água com a mão
e logo surgia um redemoinho sugando meu veleiro pras profundezas de um mar tenebroso.

Era um tempo em que eu enfrentava exércitos inteiros com a minha artilharia de mamonas.
O castelo da princesa era o sobrado em construção do outro lado da rua.
A torre do castelo era o andar de cima do sobrado.
Eu, super-herói, voava através das janelas, aterrizando em montes de areia.

Eu inventava e construía rampas, desafios intermináveis pro meu rolimã.
Subíamos nos telhados, que eram estações espacias e de lá observávamos o planeta Terra.
Meu mundo era assim, um eterno faz de conta, sem limites e sem fronteiras, com as cores da imaginação.

O tempo foi passando e a vida tornando-se mais opaca.
Algumas frases, que eu não conhecia, foram tomando conta da minha vida, como por exemplo:
"Não posso" - "Não consigo" - "Não vai dar".

Hoje, ao me deparar com um barco de papel,
não enxergo mais um veleiro, ou um lindo navio.
Vejo apenas celulose. As construções tornaram-se
tijolos sobrepostos, unidos com cimento água e areia.

Hoje eu vejo que o meu veleiro,
que navegava um mar fantástico,
não fugiu de mim,
mas fui eu quem o mandou embora.

E só depende de mim agora
encontrar novamente meu barco de papel,
meu veleiro, meu transatlântico.

(Pedro Ganesh - 08/02/2009)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Por Pedro Ganesh

Começamos uma nova etapa do Atormente com a peça infantil "A Viagem De Um Barquinho" O texto da Sylvia Orthof é lindíssimo e o trabalho do Atormente, com as oficinas, o processo de criação dos personagens sob orientação do diretor Hélcio está fantástico. Pensando na criança que existe dentro de cada um de nós lembrei
de um poema que eu gosto muito do Alberto Caeiro, heterônimo do Pessoa. O que eu sinto é que a cada dia, nós do Atormente, estamos escutando mais a nossa criança interior e deixando ela nos guiar. Agora ao poema.

Num meio dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra,
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.


Tinha fugido do céu,
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras,
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem


E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os negros nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.


Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!


Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três,
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz


E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz no braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras nos burros,
Rouba as frutas dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.


A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as cousas,
Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.


Diz-me muito mal de Deus,
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia,
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.


Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que as criou, do que duvido" -
"Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
mas os seres não cantam nada,
se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres".
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
..........................................................................

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.


A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.


A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos a dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.


Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.


Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade


Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales,
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.
Depois ele adormece e eu deito-o
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.


Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos,
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.
.................................................................................

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu no colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.
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Esta é a história do meu Menino Jesus,
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?